Praticamente igual há última tarte rustica que publiquei no blogue, essa feita com morangos, aqui só mudou as frutas, mais exatamente uma excelente combinação de frutas da época.
Sou completamente fã de tartes rústicas, conhecidas por "galettes". Tenho a sensação que se todos soubéssemos o quanto bom e fácil é fazer uma galette, todos seriam tão fãs como eu.
O conceito base é um mega crepe assado recheado de fruta. Isto é o mais fácil e básico para fazer uma sobremesa como esta. Quer dizer que, acertando numa base que gostem particularmente, eu tenho a minha que é esta que aqui vêm e que já está noutras receitas no blogue como já disse, só têm de escolher uma fruta para espalhar em cima. Claro que há situações em que é preciso acautelar a água que as frutas vão libertar ao assar no forno. Para isso basta usar um pouco de amido de milho (maisena) ou polvilho doce ou araruta que vai resultar posteriormente num molho cremoso em volta da fruta.
Também é preciso adoçar, claro. Estamos a fazer uma sobremesa, esperamos um sabor doce que a fruta por si só assada raramente nos dá. A forma de adoçar é sempre ao gosto de cada um e dependente da doçura da própria fruta. Neste caso eu optei por adoçar ligeiramente os pêssegos antes de os colocar na massa, no entanto, há situações em que podemos dispor a fruta na massa e depois regar com um fio de mel, agave ou qualquer xarope adoçante, ou então polvilhar com xilitol ou stevia.
Em relação á base, como já vos disse, eu gosto desta e, como se diz em bom português, "em equipa vencedora não se mexe", por isso, eu vou continuar a fazer as minhas galette com ela. Até que experimente outra que goste mais será assim. É muito fácil de moldar, de trabalhar, é rica nutricionalmente, proteica, não preciso de deixar descansar no frigorífico, fica logo pronta para esticar.
Sei que muitos de que me vão ler costumavam comprar a farinha de espelta nos supermercados Lidl e que deixou de haver. Eu também comprava lá grande parte das vezes. Agora tenho comprado a integral nos supermercados Mercadona e a branca biológica nos supermercados Celeiro.
Na descrição de ingredientes vou fazer uma sugestão de substituição. Essa substituição não vai fazer a massa tão fácil de moldar, vai ter muito menos elasticidade e mais probabilidade de partir ao assar. O ideal é usar farinha de trigo para fazer a dita substituição, dessa forma irão ter uma massa bem elástica e muito fácil de moldar.
Em relação ás decorações em forma de flor e folhas, eu retirei alguma massa depois de a esticar em circulo. Fiz novamente uma bola com ela, estiquei novamente e cortei as flores com uma cortador em formatos. Depois só tive de aperfeiçoar, marcando o centro e as pétalas com a parte de trás duma faca.
Outras receitas idênticas que poderão gostar:
- "Galette" de morangos (tarte rústica) (saudável; vegan; fit; sem açúcar)
- "Galette" de maça (tarte rústica) (saudável; vegan; sem açúcar)
- "Galette" de banana com recheio de caramelo de manteiga de amendoim (saudável; opção vegan; sem açúcar)
- "Galette" de peras/ pêssego com farinha de espelta (saudável; sem açucar; opção vegan)
- Mini tartes rústicas de pêssego (saudável; vegan; sem açúcar)
Vão precisar de:
Base
- 120g de farinha de espelta*
- 140g de farinha de trigo sarraceno*
- 1/2 colher de chá de sal
- 1 colher de chá de fermento
- 5 colheres de sopa de iogurte natural (125g) (vegetal ou normal ou grego)
- 2 colheres de sopa de azeite
- 3 colheres de sopa de ingrediente adoçante que prefiram (usei xilitol)
- 2 a 3 colheres de sopa de água**
- 3 pêssegos maduros (500g)
- 100g de mirtilos
- 1 colher de sopa de amido de milho (maisena) ou polvilho doce ou araruta
- 2 colheres de sopa de ingrediente adoçante que prefiram (usei 1 de xilitol e 1 de açúcar de coco) + 1 colher de sopa de mel ou agave para regar no fim
- 1 colher de sopa de bebida vegetal ou leite + 1/2 colher de sopa de azeite para pincelar (ou ovo batido) para pincelar
- amêndoa laminada q.b. para decorar (opcional)
*Podem trocar por farinha de aveia; caso o façam devem adicionar 1 colher de sopa rasa de amido de milho (maisena) ou polvilho doce ou araruta. Ao fazerem esta substituição a massa vai perder alguma elasticidade. Para manter a mesma textura a substituição ideal é farinha de trigo sem fermento.
**Esta quantidade é dependente do iogurte que usarem e também do ingrediente adoçante.
Confeção:
(fotos de confeção no fim)
Recheio
- Lavei os pêssegos e parti em gomos finos.
- Passei para uma tigela e adicionei os restantes ingredientes. Misturei bem e reservei no frigorifico enquanto preparei a base.
Base
Montagem
- Pus todos os ingredientes, á exceção da água, no processador de alimentos. Triturei até fazer uma massa solta, parecida a um crumble. Aos poucos, 1/2 colher de sopa de cada vez e pulsando o processador a cada adição, fui juntando água até a massa fazer uma bola. (Esta massa não agarra ás mãos, no entanto, não a devem deixar demasiado seca, deve ser mole, tipo plasticina).
- Retirei para uma folha de papel vegetal e estiquei dando a forma redonda e bem larga.
- Cortei alguma massa no diâmetro exterior do circulo fazendo-o mais pequeno. Reservei essa massa para as flores da decoração.
- Pus o forno a aquecer a 180ºC.
- Dispus os pêssegos no circulo de massa deixando cerca de 5cm livres para virar. Espalhei os mirtilos por cima. Virei a borda reservada por cima das frutas.
- Estiquei a massa reservada e cortei em forma de flor e folha com um cortador de formatos.
- Molhei os meus dedos em água e passei na base de cada flor e folha. Pressionei na borda virada com a parte molhada para baixo (molhar vai servir de cola).
- Pincelei toda a borda, flores e folhas com ovo batido. Decorei com amêndoa laminada.
- Levei ao forno 25 minutos. Retirei do forno e terminei com 1 fio de agave.
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