Era suposto eu agora escrever aqui umas quantas dicas e lições sobre fazer pão. As técnicas, os segredos, etc. Não vou fazer. Não vou fazer, porque não sei. Poucas vezes faço pão, não tenho muito tempo para isso e confesso que a motivação não é muita. Apesar das muitas dificuldades que existem em viver num meio pequeno, também há vantagens e uma delas é ainda se encontrar à venda pão com o mínimo de qualidade.

- 2 canecas (500ml no copo medidor) de farinha de centeio
- 2 canecas (500ml no copo medidor) de farinha de espelta
- 1 e 1/2 colher de chá de sal
- 0,8g (1/4 de colher de chá) de fermento de padeiro seco (qualquer marca, ex: fermipan, vahiné,..)
- 370 a 400ml de água temperatura ambiente
- Misturei as farinhas, sal e fermento numa tigela grande. Aos poucos fui acrescentando a água e misturando até formar uma bola de massa mole. Esta é uma massa muito pegajenta, não precisa ser batida ou sovada, apenas "hidratar" os ingredientes secos, ou seja, mistura-los em água com a ajuda duma espátula ou colher.
- Tapei a tigela com um prato e deixei descansar em lugar abrigado de correntes de ar por 15 horas (mínimo 12 e pode ir até ás 16 horas de descanso).
- Apos o tempo de descanso, a minha massa estava leve e suave, aumentou bastante de volume e ligeiramente espumosa.
- Polvilhei uma tabua de madeira com farinha e, com ajuda duma espátula, virei a massa para lá. Também com a ajuda da espátula, e porque continua a ser uma massa muito peganhenta, "dobrei-a" várias vezes. Não trabalhei muito a massa, não precisa, apenas a fui dobrando e, quando necessário, juntei mais um pouco de farinha para não agarrar á tabua.
- Coloquei uma folha de papel vegetal numa tijela e polvilhei com farinha. Passei a massa para lá e polvilhei com mais farinha. Tapei com um pano e deixei descansar mais 30 minutos. Para este descanso escolhi um lugar quente. Costumo usar a técnica do forno aquecido a 50ºC e colocar a tigela na porta aberta.
- Passado esse tempo pus o forno a aquecer a 230ºC com uma assadeira tipo pirex, bem resistente ao calor, lá dentro. (Ter o recipiente em que vamos assar o pão bem quente vai ajudar a ganhar uma crosta estaladiça, o pão fica mais leve e dura muito mais tempo).
- Quando o forno estava á temperatura certa, retirei o pirex e coloquei a massa dentro. (Eu não retire o papel vegetal para que fosse rápido; podem tirar se quiserem. Também me esqueci de fazer uma "cruz" na massa para que fique mais bonito.) Tapei com folha de alumino e levei a assar por 30 minutos. Descobri o pão, baixei para 200ºC e deixei assar por mais 25 minutos até a crosta estar dourada.
- Retirei e deixei o pão arrefecer numa gradinha. Não convém partir quente, vai estragar a textura final.
- A melhor forma de armazenar este pão é embrulhado num pano de cozinha ou toalha de chá. Em ambiente quente e húmido a degradação é mais rápida.
3 Comentários
Obrigada pela partilha.
ResponderEliminarDeixei a levedar durante 15 horas. Difícil parar de comer.
Será que posso retirar um pouco da massa para usar como fermento na próxima vez? Se sim tenho que usar fermento?
Obrigada
Isabel
Boa noite! Provavelmente já não vou a tempo de a esclarecer, mas com certeza haverão outras vezes a fazer esse pãozinho. Sim, pode fazer e não precisa usar qualquer fermento no próximo pão.
EliminarEu não faço isso porque não faço pão com tanta frequência, logo, não consigo usar a minha massa como "isco".
Boa noite Sandra,
EliminarObrigada pela resposta.
Na próxima vez vou deixar um pouco de massa e depois digo como ficou.
Isabel