No mesmo fim de semana fiz três bolos destes! Caso para dizer que não faltaram dióspiros cá em casa. Já agora, aproveito para a agradecer ao Cláudio e á Luísa pelo cabaz de deliciosos dióspiros com os quais fiz maravilhosas sobremesas, e não foram só estes bolinhos.
Para além deste que vêm nas fotos, o que ficou cá para casa, fiz mais dois bolinhos (quase) iguais para oferecer. Passo já a dizer as alterações que fiz. Num deles adicionei miolo de noz partido em pequenos pedaços e usei mais azeite que nesta receita. O outro fiz apenas com azeite, não usei água, e também estava mais doce, ou seja, usei mais açúcar.
Este é um bolo incrivelmente fofo e húmido ao mesmo tempo. Tem um leve sabor a caramelo, dado pela doçura dos diospiros bem maduros. Este é ponto essencial: dióspiros bem maduros!!! É aqui que vamos buscar o sabor, a doçura do próprio bolo.
Sei que alguns de vocês me vão perguntar se é possível fazer com diospiro maça, também conhecido por diospiro de roer. Eu penso que sim, embora não tenha experimentado. Pelo que pesquisei, o ph dos dois frutos é idêntico e muito alcalino, caraterística de tudo que é "escorregadio".
Para fazer esta receita fiz a minha habitual pesquisa na internet. Escolhi uma receita simples, talvez a mais simples de todas as que li, e passei a "transforma-la". Troquei a farinha de trigo por farinha de espelta, reduzi a quantidade de açúcar branco para metade da que era pedida e mudei para açúcar de coco, retirei por completo a manteiga e troquei por água e azeite, o que não mudei, porque não é possível mudar, de resto é a essência e segredo destes bolos, foi a reação que se tem de fazer com a polpa de diospiro e bicarbonato de sódio.
Não sei se já alguma vez experimentaram fazer pudim de diospiro só com os próprios diospiros. É muito fácil, basta juntar 1 e 1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio (uma base) á polpa de dois diospiros bem maduros, esperar 10 minutos e está pronto. Para fazer este bolo temos de fazer este pudim primeiro, é essencial.
A confeção é muito simples e básica, fácil de deduzir já que eu fiz 3 bolos destes quase seguidos, convém bater bem os primeiros ingredientes, principalmente depois de entrarem os ovos, e de seguida o contrário, apenas envolver bem.
Vão precisar de:
- 2 diospiros de polpa mole bem maduros (deve render 350 a 400ml de polpa já triturada)
- 1 e 1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
- 1 chávena de açúcar de coco (ou outro que prefiram no estado sólido)
- 3 colheres de sopa de água
- 2 colheres de sopa de azeite
- 2 ovos
- canela a gosto (usei 1 colher de sobremesa)
- 1 pitada de sal
- 2 chávenas (500ml no copo medidor ou 230g) de farinha de espelta
(fotos de execução no fim)
- Tirei a polpa aos diospiros, passei para um copo alto, triturei com a varinha magica, juntei o bicarbonato de sódio, misturei e reservei 6 a 8 minutos (não se assustem, a polpa de diospiro que era líquida vai ficar sólida, esta reação é essencial no bolo).
- Pus o forno a aquecer a 180ºC. Não precisei de untar forma já que usei uma de silicone. Caso usem regular, têm de untar como habitualmente.
- Numa tigela bati com a batedeira elétrica o açúcar com a água e o azeite. Juntei os ovos e a canela e voltei a bater, agora por 3 minutos.
- Juntei a farinha, o sal e envolvi bem.
- Adicionei a polpa de diospiro já "enrijecida" e voltei a envolver bem.
- Verti sobre a forma e levei ao forno cerca de 30 minutos (espetem um palito, se sair limpo está pronto). Deixei arrefecer antes de desformar.
3 Comentários
Parece muito bom. Vou fazer.
ResponderEliminarOlá! Não consegui o tal efeito da junção do bicarbonato ao dióspiro. Faz ideia do que poder ter acontecido? Gostei tanto desta receita! Gostava mesmo de voltar a experimentar
ResponderEliminarOlá! Pode-se substituir a farinha de espelta por aveia sem gluten?
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