"Galette" de queijo cremoso e tomate cereja (saudável; fit; proteico; opção sem glúten)





Quem me lê aqui, quem vê as minhas fotos nas redes sociais facebook e instagram, pensa com certeza que a minha família é uma sortuda. Sei disso porque me dizem muitas vezes, mesmo muitas vezes. São das mensagens mais comuns que recebo diariamente.

Pois é, mas não é bem assim. A minha filha Camila adora tudo que faço, o filhote mais velho já torce o nariz a algumas coisas e o meu marido ainda mais. É verdade, de vez em quando tenho de fazer um "break" e fazer algumas refeições mais tradicionais, É que ás tantas o meu marido começa a ficar mesmo chateado comigo. Para ele quiches não são refeições e, se "peixe não puxa carroça", saladas são acompanhamento. Diz que "couves com alface, brócolos e mais couve" é para fazer sopa, não é refeição e quer comer como os comum dos mortais.




Este sábado tinha destinado fazer esta fantástica "galette". Tinha tido uma manhã mais ocupada na sexta, não tinha deixado nada semi pronto e resolvi comprar frango de churrasco para o almoço, pelo que o marido estava "calmo" no que diz respeito a aceitar uma tarte para o almoço.
Fui surpreendida! Fui mesmo muito surpreendida! O meu marido adorou esta galette! Ele estava mesmo satisfeito, disse-me que a massa estava perfeita, o sabor estava incrível as combinações, estavam muito bem conseguidas.





Um elogio destes é muito bem vindo, não imaginam como sabe bem, mas (...sim, há um "mas") não fui eu que a fiz, foi a minha filha Camila! Pois é, foi a Camila que fez esta fantástica galette! Eu foi apenas servindo de "guia", já que a receita da base ela já conhecia, já a fez muitas vezes para outras receitas, foi só mesmo ir deitando o olho e aconselhando. Foi dela a ideia de juntar o molho pesto, as sementes de sésamo, tudo pormenores que fazem a diferença.



Para esta tarte usei o fantástico queijo cremoso Alavão da Saloio.
Falando um pouco deste fantástico queijo cremoso da Saloio, uma grande produtora  de queijo nacional, que "derreteu" alguns dos seus melhores queijos! É isso mesmo que acabaram de ler, ela derreteu os melhores queijos para nós os podermos saborear em pleno e como tanto gostamos, derretidos, pois está claro!

São 4 intensidades diferentes, o que é normal já que temos queijo de mistura derretido, queijo de cabra derretido e até de ovelha, cada um deles com as suas características próprias. Todos eles feitos com leite português, com os sabores de Portugal, que muito é de louvar já que somos mestres neste fabrico. De facto, hoje em dia temos uma certa tendência para escolher e achar que são melhores os queijos estrangeiros, mas não há nenhum que se compare aos nossos.




Nesta tarte eu resolvi usar o "Alavão", um queijo de leite de vaca, de intensidade média. Confesso que tive muita indecisa entre este e o "Três igrejas", mas acabei nesta opção e não estou arrependia.

O queijo Alavão no seu estado normal, sólido, é um queijo de sabor extraordinário. De resto, um queijo já premiado e com muita razão de ser.
 A razão de o colocar nesta tarte, como podia ter sido numa pizza, é mais que obvia: consegui ter o sabor de um excelente queijo português barrado, ou seja, na quantidade ideal. Se tivesse feito com o queijo fatiado, teria uma "sobrecarga", um excesso de queijo.Também teria mais dificuldades em "uniformizar" se usa-se ralado. 

Usar o queijo no estado cremoso, em vez de ralado ou fatiado, tem a enorme vantagem de ficar espalhado de forma uniforme e também de a seguir ser muito mais fácil colocar os legumes que pretendemos, já que o queijo vai ser uma espécie de "cola". Tudo se torna mais fácil. 
Uma chamada de atenção, queijo cremoso não é queijo creme!! Por favor, não confundam. São produtos diferentes que não se substituem. Este queijo cremoso é queijo normal no estado cremoso, tem o mesmo sabor que o sólido que lhe dei origem.

Esta é a grande vantagem de usar os queijo cremosos nas tartes ou pizzas, sem perder sabor, sem trabalho, tudo certo, no ponto certo!

Vão precisar de:
Base
  • 1 caneca (250ml no copo medidor) de farinha de espelta*
  • 1 caneca (250ml no copo medidor) de farinha de trigo sarraceno**
  • 1/2 colher de chá de sal
  • 1 colher de chá de fermento em pó
  • 1/2 caneca (120ml no copo medidor ou 8 colheres de sopa) de iogurte natural 
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • 2 a 5 colheres de sopa de água (dependente do iogurte usado)
* Para opção sem glúten podem trocar pela farinha isenta de glúten para doces e salgados da marca Nacional
**Podem trocar por igual quantidade de mais farinha de espelta ou aveia

Recheio
  • 1 embalagem (125g) de queijo cremoso Alavão da Saloio
  • 1 fatia de queijinho Regional curado de vaca, ovelha e cabra da Saloio (opcional**)
  • 1 colher de sopa de molho pesto (opcional; podem trocar por folhas de manjericão frescas picadas ou manjericão seco)
  • 300g de tomate cereja variado
  • 1 mão cheia de azeitonas
  • 1 gema de ovo batida para pincelar
**Esta fatia de queijo é opcional. Podem não usar nada ou qualquer outro queijo ralado, no entanto, e como qualquer queijo curado, dá um sabor muito bom a esta ou qualquer tarte ou pizza, sabor que nada tem que ver com os queijos ralados normais.



Confeção:
(fotos no fim; receita feita pela minha filha Camila, pelo que a descrição não está na primeira pessoa como é habitual)

  1. Para a base colocou todos os ingredientes no processador de alimentos, á exceção da água, e triturou. Aos poucos e com o processador em andamento, foi acrescentando a água, sempre muito lentamente até a massa formar uma bola de massa relativamente mole no processador.
  2. Passou esta bola de massa para uma folha de papel vegetal e esticou-a bem em forma redonda com a ajuda dum rolo da massa.
  3. Pôs o forno a aquecer a 190ºC.
 


  1. Para o recheio, espalhou o queijo cremoso deixando livre uma borda com cerca de 4cm (para quem não leu a introdução, a grande vantagem de usar o queijo no estado cremoso em vez de ralado é o facto de ficar espalhado de forma uniforme e também de a seguir ser muito mais fácil colocar os legumes que pretendemos, já que o queijo vai ser uma espécie de "cola" e tudo se torna mais fácil. Uma chamada de atenção, queijo cremoso não é queijo creme!!)
  2. "Polvilhou" com uma fatia de queijo curado esfarelado e espalhou pequenas quantidades de molho pesto.
  3. Dispôs os tomates cereja partidos ao meio por toda a tarte (é muito fácil, pois eles vão colar-se ao queijo), algumas azeitonas e sementes de sésamo.
  4. Cuidadosamente dobrou as bordas que tinha deixado livres, pincelou com gema de ovo batido e levou ao forno até estar dourada (cerca de 35 minutos).
  5. Servimos com folhas de manjericão fresco.

Bom apetite!






2 Comentários

  1. Cá em casa é tal e qual: a filha gosta, o filho é recetivo, já o marido...é tal e qual o seu...Por isso entendo-a quando refere a satisfação que sente quando as suas receitas ficam aprovadas pelo mais crítico :-)
    Mas eu não desisto e lá vou tentando introduzir um ou outro petisco, tal e qual a Sandra faz!
    Obrigada pelas partilhas!!

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    1. Bom dia! Adorei a mensagem! Seria melhor se não estivéssemos em sintonia, mas também é verdade saber que não estamos sozinhos, alguém partilha da mesma sina.
      Um enorme beijinho, bom fim de semana!

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