Nunca tive jeito para fazer maionese. Muito sinceramente, acho que nunca consegui fazer uma maionese tradicional de jeito caseira. Se calhar também nunca tentei. Acho que sempre preferi não ver o que ia comer, sempre preferi não ver aquela quantidade gigante de óleo que ia estar no saboroso molhinho.
Tenho alguma idade, é certo, mas já sou do tempo da maionese embalada, claro. Mais ainda do tempo das batedeiras, mas também me lembro de ver fazer maionese batida com a força dos braços. Diziam as pessoas que nós senhoras não podíamos fazer maionese quando estávamos com a menstruação. Claro! Concordo! Quem é que aguenta estar ali a bater sem parar com dores de barriga?! 😉😉😂😂
Quando casei e os meus filhos nasceram, constituí a minha própria família, comprava maionese light. Nunca foi molho muito apreciado pelos meus filhos, no entanto, havia pratos em que a maionese era obrigatória. Mais tarde, muito mais tarde (!), resolvi fazer uma maionese que se pudesse comer sem culpa. Essa é a receita que vos trago, mas não é a primeira vez que ela aparece aqui no blogue, já está cá desde fevereiro de 2017 quando a publiquei a acompanhar bifes de frango grelhados.
A verdade é que nunca a promovi e raramente a apresento aqui nas minhas receitas. Porquê? Sempre achei que era demasiado simples, que ninguém ia ligar nenhuma, todos achariam que nem valia a pena experimentar, jamais triturar tais ingredientes daria numa maionese aceitável.
O que é certo é que muitas outras maioneses, incluindo vegan, eu experimentei ao longo destes anos, mas sempre voltei á minha velha receita.
Num destes dias, estavam cá uns amigos em casa, e eu fiz marisco. Acompanhou a minha maionese de sempre, pois está claro! A conversa foi mais ou menos isto: "Ó Sandra, esta tua maionese é qualquer coisa… eu até fico admirada como é que tu tens aqui uma maionese destas, pensei que já não comias disto". Eu respondi: "Mas olha que é muito saudável e proteica. Não dá trabalho nenhum a fazer, só tens de cozer ovo e depois triturar com iogurte, mostarda e um fio de azeite". E a minha amiga disse: "Estás a brincar?! Não me acredito! Isto é maionese a sério!". Eu respondi "Se é a sério ou não, não sei, sei que é a única que eu consigo comer e que me fica de jeito (uma risada)"
Esta conversa, que ainda se prolongou, motivou-me a fazer esta publicação. Se não tivesse acontecido, era provável que, mais uma vez, publicasse a salada sem dar qualquer importância ao molho, ou até opta-se por um molho de iogurte para a acompanhar.
Tenho a certeza que vão gostar, que não vão voltar a comprar maionese, que vos vou conquistar com esta.
Vão precisar de:
Maionese
- 1 ovo cozido
- 4 colheres de sopa rasas de iogurte natural
- 1 colher de sobremesa de mostarda Dijon
- 1 colher de sopa rasa de azeite
(serve 3 pessoas)
- 3 mãos cheias de rúcula selvagem
- 2 batata doce médias
- 1 frasco de grão de bico cozido
- tempero para as batatas: alho, orégãos secos, salsa seca, sal, 1 fio de azeite
- tempero do grão: pimentão doce, 1 fio de azeite
(fotos no fim)
Maionese
- Coloquei os ingredientes num copo e triturei em creme.
Salada
- Pus o forno a aquecer a 200ºC.
- Lavei e parti as batatas em cubos. Coloquei no tabuleiro do forno forrado a papel vegetal. Ao lado coloquei o grão de bico escorrido e lavado num passador.
- Temperei conforme indiquei na lista de ingredientes, misturei e levei ao forno cerca de 20 minutos.
- Servi batata e grão assados em cima da rúcula e regado com a maionese.
Bom apetite!
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